quarta-feira, 15 de julho de 2009

Danço eu, dança você...

Faz muito tempo eu queria escrever algo inspirado na letra de "Dança da Solidão", do Paulinho da Viola. Acho a letra linda e simples, como todas as coisas que tratam de temas da vida deveriam ser. É intenso, mas no seu lugar...

Eis que me vejo aqui, escrevendo sobre a minha desilusão!
Imaginei mil vezes que seria um texto sobre um amor impossível, uma distância separando o meu amor de mim, uma paixão não correspondida ou o fim de um encontro amoroso. Imaginei escrever isso num dia de "fossa romântica". Aquele romantismo piegas dos enlatados e novelas, que faz mocinhas se debulharem em lágrimas, apoiadas na porta ou numa parede, escorregando pelo apoio até o chão, o fim, o fundo do poço sentimental!

A minha desilusão não é amorosa! É de vida!
É daquelas desilusões que fazem você dançar uma valsa do "Eu só", mas sem lágrimas. É das desilusões pertinentes a existência.

Pessoas tem defeitos, e as vezes esses defeitos nos magoam. Pode ser que passe, pode ser que nunca se cure a ferida, o fato é que, quando desiludidos, pouco há de fazer...

Detalhe que me esqueci:

"Meu pai sempre me dizia:
Meu filho tome cuidado,
Quando eu penso no futuro,
Não esqueço o meu passado"

Sim, as atitudes das pessoas dizem sobre suas posturas num futuro próximo. E eu me esqueci disso... Aí, caí de novo no conto da entrega dos sentimentos! Confiei minha amizade, carinho, respeito e lealdade... E em troca, desilusão! Houve gritos, discussão, afrontas e ofensas. Mais de uma vez! E agora, uma derradeira sessão de peculiar contenda. E fim. Adeus!

Não sei usar as melhores palavras para dizer de uma traição desse nível. Levar um chapéu de touro de um namorado seria mais simples. Talvez não menos doloroso, mas simples. Me sinto imensamente triste por saber que uma pessoa viva e do meu convívio deixou de existir nos meus sentimentos, mas por hora, é o melhor a ser feito...

Ainda tenho esperança de ver as coisas de outra forma, de que talvez exista uma convivência cordial algum dia. Só não tenho pressa que isso aconteça! Nenhuma pressa! Talvez um dia eu reescreva isso tudo, com algum critério além do emocional, e uma boa dose de crítica, alguém para fazer a correção e minúcia nos detalhes. Daí será um texto de fato. Hoje é só desabafo e algum desejo de partilha.

Mas o meu maior desejo agora, é que o tempo passe...

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