segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mais um texto...

Já passa da meia noite e uma agonia, não muito diferente de outros dias atrás, me contagia. Milhares de pensamentos rodeiam a mente, fica difícil organiza-los...
Se tivesse, talvez, um pouco mais de talento, saberia fazer boa poesia de tudo que perturba. Infelizmente, meu jeito de expressar sentimentos é cru, direto, real, claro. Jornalístico, eu me atreveria a dizer.

Mas onde é que foi parar a menina cheia de sonhos que eu conhecia? Aquela que queria mudar o mundo com suas reportagens fantásticas, e para isso, estava disposta a tentar, tentar e tentar, até acontecer?!

Eu realmente ando precisando muito conversar comigo mesma...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

É isso...

Foram dois meses até reencontro.
Rápido e simples, sem delongas, sentamos, pedimos a boa e velha caipirinha, conversamos. Amigos ajudavam a deixar o clima mais ameno e sorridente.
Talvez por um instinto, nossas roupas deixavam claro o luto. Um contraste gritante com as cores que rondavam a mesa do bar. Nada mais clássico! Se vamos despedir, que seja boêmio!
Depois de dois meses, pensei que seria fácil rever. Não foi! Taquicardia e mãos tremulas me acompanharam. O assunto já era curto. Talvez nunca tivesse sido longo...
O que fazer quando algo que mal começou se vai?! Para onde seguir se os planos eram outros? Milhares de dúvidas me rodeiam nesse momento...
Cada pensamento que aparecia era podado por outros, dizendo que eu aproveitasse o tempo que restava. Foi o que eu fiz!
Conversei sobre a vida e o que vai fazer agora. Contei piada, ri e fiz os outros rirem. Senti afeto, carinho e cumplicidade. Vislumbrei por alguns segundos um futuro bom. Voltei a rir... E a hora chegou!
Talvez não era para ser eterno, e melhor que seja assim, curto e menos traumático. Ou será que hoje vi meu futuro indo embora até um dia que não sei qual é?!

Sei que foi estranho e simples. Uma despedida comum, como se fosse um “até amanhã!” E agora restou um vazio que eu não esperava sentir tão cedo...

Vai passar! Eu quero que passe!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Danço eu, dança você...

Faz muito tempo eu queria escrever algo inspirado na letra de "Dança da Solidão", do Paulinho da Viola. Acho a letra linda e simples, como todas as coisas que tratam de temas da vida deveriam ser. É intenso, mas no seu lugar...

Eis que me vejo aqui, escrevendo sobre a minha desilusão!
Imaginei mil vezes que seria um texto sobre um amor impossível, uma distância separando o meu amor de mim, uma paixão não correspondida ou o fim de um encontro amoroso. Imaginei escrever isso num dia de "fossa romântica". Aquele romantismo piegas dos enlatados e novelas, que faz mocinhas se debulharem em lágrimas, apoiadas na porta ou numa parede, escorregando pelo apoio até o chão, o fim, o fundo do poço sentimental!

A minha desilusão não é amorosa! É de vida!
É daquelas desilusões que fazem você dançar uma valsa do "Eu só", mas sem lágrimas. É das desilusões pertinentes a existência.

Pessoas tem defeitos, e as vezes esses defeitos nos magoam. Pode ser que passe, pode ser que nunca se cure a ferida, o fato é que, quando desiludidos, pouco há de fazer...

Detalhe que me esqueci:

"Meu pai sempre me dizia:
Meu filho tome cuidado,
Quando eu penso no futuro,
Não esqueço o meu passado"

Sim, as atitudes das pessoas dizem sobre suas posturas num futuro próximo. E eu me esqueci disso... Aí, caí de novo no conto da entrega dos sentimentos! Confiei minha amizade, carinho, respeito e lealdade... E em troca, desilusão! Houve gritos, discussão, afrontas e ofensas. Mais de uma vez! E agora, uma derradeira sessão de peculiar contenda. E fim. Adeus!

Não sei usar as melhores palavras para dizer de uma traição desse nível. Levar um chapéu de touro de um namorado seria mais simples. Talvez não menos doloroso, mas simples. Me sinto imensamente triste por saber que uma pessoa viva e do meu convívio deixou de existir nos meus sentimentos, mas por hora, é o melhor a ser feito...

Ainda tenho esperança de ver as coisas de outra forma, de que talvez exista uma convivência cordial algum dia. Só não tenho pressa que isso aconteça! Nenhuma pressa! Talvez um dia eu reescreva isso tudo, com algum critério além do emocional, e uma boa dose de crítica, alguém para fazer a correção e minúcia nos detalhes. Daí será um texto de fato. Hoje é só desabafo e algum desejo de partilha.

Mas o meu maior desejo agora, é que o tempo passe...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Angustia... E não é o Livro!

Uma página em branco no editor de texto. Uma Foca que ainda não sabe exatamente o que vai fazer da vida. Duas provas importantes de concursos que podem mudar a vida. Vontade! Muitas coisas para estudar! Desejos e sonhos. E ansiedade, angústia, sem nada que possa mensurar ou comparar.

Alguém aí no mundo já deve ter passado por isso! Sim! Eu creio que isso é comum, que não acontece só comigo! Aposto que o seu Joaquim da padaria teve isso alguma vez na vida também! Isso me dá um pouco de consolo. Mas não resolve o problema!
Infelizmente, mesmo conscientes de que todo o mundo pode viver isso, sempre achamos o nosso pior. Haja lamento e lágrima nessa hora! E o sério, o complexo, o doído é que problema da alma, do eu psicológico, é pior que Gripe Suína, Peste Bubônica ou Mal de Chagas!

Os males físicos podem ou não ser tratados, tem ou não medicação. Quando se chega no médico e diz “Doutor, dói aqui e aqui!” “Sinto isso e aquilo”, o gabaritado profissional te indica os caminhos da cura, ou diz que não há nada a se fazer, apenas esperar. É quase matemático.

Para as dores da alma, não há lógica!
Podem existir mil remédios para a angustia, mas nada vai fazer efeito até que cesse o sentimento!
Angustia é tão absurdo que, mesmo o livro de Graciliano Ramos que leva esse título, não expressa corretamente o que é a tal angustia!
Uma vez li o tal livro para um trabalho na faculdade. Escrevi páginas e páginas sobre o sofrimento dos personagens, expliquei o que eram aquelas cenas de desespero psicológico, falei sobre tudo. Tirei um belo zero e descobri que sim, eu não consegui explicar o que é angustia, nem na literatura!

Angustia pode ser fome, pode ser sede, pode ser adjetivo, pode ser tristeza ou alegria, medo, insegurança...
Minha angustia atual é saber que preciso estudar muito, recuperar um tempo que gastei com devaneios, para conseguir meu objetivo – uma das provas que falei ali em cima, sem deixar outros compromissos de lado.
São muitas coisas para fazer! Muitas começadas, poucas terminadas! E o tempo se esvaindo...

Angustia! Pura e simples! Medo de não conseguir e ter que voltar ao ponto que estava! E claro, todas essas tarefas perdidas deixam um cheirinho de fracasso no ar. Justamente o que não quero e o que mais me angustia!
É difícil imaginar o que pode dar errado quando se quer muito alguma coisa...

domingo, 31 de maio de 2009

Meu Janeiro!

Tem tantas coisas sobre as quais eu gostaria de escrever hoje. É uma fase rica na minha vida! Sentimentos, emoções, dores, alegrias, risos e opções. Quero escrever sobre cada uma das riquezas posteriormente. Hoje farei a introdução.
Fiz mais um aniversário. Vinte e três anos! O tempo tem passado mais rápido agora e às vezes penso que pode ser difícil acompanha-lo. Já percebo que se minhas ações não forem rápidas, ficarei para trás do que tenho de mais importante, meus sonhos. Já não posso mais me esconder nas inseguranças e ficar esperando que coisas aconteçam por mim. É aquela história de tomar as rédeas da vida...
Esses mais de vinte anos vieram com grandes e queridas surpresas. Entre os meus complexos, crises e dúvidas, vi meus amigos. Amizades de longo tempo, que construí e carreguei comigo. Depois do advento da internet ficou mais fácil manter contato com todos.
Mas existe o carinho real daqueles amigos especiais, verdadeiros, que desmarcam o jantar com os sogros pra tomar uma cerveja com você, ou que param um tempo do seu dia pra te escrever um texto, falando da importância da sua amizade. E entre ligações, sms’s, emails e scraps, percebi que onde quer que eu vá, posso me sentir amada.
Hoje eu percebo que isso tudo só existe em função de uma base. Depois de vinte e três anos, enxergo com clareza como a minha família é importante para mim. A educação, o carinho, a união que sempre vivi em casa, trago para as minhas outras relações.
Ver primos e tios viajando algumas horas, depois de um dia inteiro de trabalho, para estar em mais um casamento da família, para comemorar seu aniversário logo depois, para rever e só ficar olhando, com carinho aqueles rostos que há muito estavam longe. Quero manter isso!
Consegui fazer boa parte das coisas que mais gosto nessa semana de aniversário. Cozinhei, conversei, reuni amigos e parentes, ri, contei e ouvi histórias, matei saudade, abri presentes, chorei de alegria, brinquei com crianças, comi macarrão, queijo e chocolate, tomei cerveja com limão e sal, dancei, abracei pessoas queridas.
Sei que é só o começo de mais um ano de vida, que vai passar bem rápido, que isso precisa ser um estimulo para fazer os sonhos se realizarem, que eu tenho direito a ter minhas ambições profissionais concretizadas e quero trabalhar muito por isso. Mas essa alegria de ter amigos, família e esse amor todo, vai comigo! É simples! É o que me faz feliz!